Uma das principais atrações do Cowboy Forever, que acontece no dia 22 de setembro, a dupla sertaneja Victor & Leo não para um segundo. Além da turnê pelo país, os irmãos lançaram recentemente o CD "Ao Vivo em Floripa", o 10º álbum da carreira da dupla, que já vendeu 40 mil cópias e é Disco de Ouro. O DVD, que em sua pré-venda ultrapassou a marca de 20 mil cópias vendidas, chega às lojas de todo o Brasil amanhã.
O show que deu origem ao DVD reuniu 100 mil pessoas em Florianópolis no dia 28 de março. Grandes nomes da música brasileira se juntaram à dupla, marcando um momento de amadurecimento de Victor & Leo. Com influência de muitos desses artistas, "Ao Vivo em Floripa" registra um encontro de gerações, estilos e ritmos.
Além das participações de Chitãozinho & Xororó, Zezé di Camargo & Luciano, Marciano – que também representou uma bela homenagem à João Mineiro, morto em março deste ano – e Paula Fernandes, a apresentação também levou para o palco Nando Reis, Thiaguinho, Haroldo Ferretti (baterista do Skank), Pepeu Gomes, Gabriel Grossi e a promessa capixaba Nice Silva.
Em entrevista ao C2, Victor falou sobre o novo trabalho. Confira o bate-papo:
Como escolheram Florianópolis para o DVD?
A gente sempre fez shows muito bons no Sul. Sempre nos demos muito bem com o povo de lá. Um dia, aleatoriamente, vimos a ponte de madrugada, que é considerada um cartão postal. Comentamos que a gente podia gravar um DVD com a ponte a fundo, pois ia ficar muito bonito. E nossa música é muito bem quista no Sul.
Como foram escolhidos o repertório e as participações especiais?
Nós ficamos dois anos sem gravar um DVD e gravamos dois discos. As canções acabaram agrupando-se. O show é basicamente o que já estava na estrada, com medleys. Fizemos seis canções novas para ter um aditivo, e cada uma foi interpretada por um participante. A escolha aconteceu naturalmente. Temos uma ligação muito positiva com Chitãozinho & Xororó. Participamos do DVD deles de 40 anos, ele são uma referência enorme. Temos uma admiração muito grande também por Nando Reis. Desde garoto escutamos suas composições. Tocávamos "Sexy Iemanjá" de Pepeu Gomes há 20 anos, não tinha como não convidá-lo. Todos tiveram influência em nível pessoal e profissional.
E a capixaba Nice Silva, como conheceram?
Encontramos com a Nice em um show em Guaçuí. Ela foi até o camarim e mostrou uma música que fez para nós. Nice cantou e nós amamos sua voz. Depois a convidamos para o show, para cantar uma música que ela mesma escreveu, "Sem Negar".
Esse show foi mais especial que os outros?
A gente se sentiu mais maduro, mais solto. A maturidade possibilita uma melhora em todos os níveis. Certamente foi uma noite muito emocionante. O público estava extremanente entregue, várias gerações unidas cantando tudo, interagindo. Você se sente muito mais privilegiado. Mostra o quanto o público é fiel ao trabalho da gente, isso é uma honra artística muito grande.
Já pensam em um próximo DVD ao vivo? Quem sabe no Espírito Santo?
Acho que vai chegar essa hora, ao vivo em Vitória! Em algum momento da carreira vamos querer. Certamente o Espírito Santo está na nossa intenção de um registro futuro. O estado é a praia que a gente sempre frequentou, o capixaba é o mineiro praiano, é como se fôssemos irmãos.